Emigrações Bantu

INTRODUÇÃO

 

        As emigrações são grandes deslocações realizadas por povos inteiros de um lugar para outro, a procura de melhores condições de vida.

As emigrações podem ter como ,causas a desertificação de uma região, lutas internas, fome, procura de melhores condições de vida.

        A difusão da metalurgia do ferro na África a Sul do equador estive intimamente ligada as migrações dos povos bantos.

        Designou-se com este termo “Ba-ntu” ( singular de ba-ntu) com o significado de “homem”.

        Essas línguas são actualmente faladas por cerca de 80 milhões de africanos que habitam o continente a Sul de uma linha que vai de dou - ala, na costa Atlântica (Camarões) ate a foz do rio Tana  na costa Índica  (Quénia).

        Os bantus não constituem pois um grupos higiénico mas apenas um conjunto de populações que fala línguas muito semelhantes. Essas semelhanças indica que as diferentes línguas devem ter evoluídos a partir de um tronco comum, donde se  foram destacando  a medida que se desprezava o grupo inicial.

 

MIGRAÇÕES

        A partir do século VII a.n.c os povos negros do Sara pressionados pelas mudanças climáticas, foram procurando  ao longo do tempo dos rios e lagos da Savana Sudanesa zonas propícias para a sua vida agro-pastorial. Aí terão começado a utilizar as técnicas do ferro, quer por invenção própria que por influência recebida de Miroe.

        Nas margens do lago Chade há vestígios de fortificação nos pontos mais elevados, que testemunham uma preocupação defensiva, sinal da competição e lutas entre povos que disputavam a ocupação das terras húmidas.

        Admite-se hoje que os antepassados dos bantos tenham habitado em fins do I milénio a.n.c a região compreendida entre o confluente Benué-Niger e o lago Chade, não longe de mais fácil penetração, seguindo o curso dos rios Uabangui e Congo.

        A arqueologia mostra como essa expansão de povos conhecedores do ferro e praticando a gricultura se expandiu rapidamente a toda região que vai do actual Shaba aos grandes lagos e para Sul até a Zâmbia actual.

Essas deslocações, apesar de conduzir a uma dispersão rápida, devem se ter fruto gradualmente, sem um carácter de invasão. Os movimentos migratórios obedecem causa complexas e variadas.

        A utilização do ferro, o aumento da produtividade do trabalho agrícola, a possibilidade de desbravar mais facilmente as florestas, o cultivo de novas plantas, tudo isto contribui para melhorar os recursos alimentares dos bantos permitindo o aumento da população.

Este facto obrigou as comunidades demasiado populosas e fragmentarem-se partindo algumas famílias em busca de novas terras.

        As regiões por onde os bantos se expandiram, estava já ocupado por povos caçadores recolectores:

Pigmeu, na zona equatorial e Khoisan, mais para Sul.

        Graças a sua superioridade técnica melhor equipamento de caça e combate, utensílios, mais aptos ao desenvolvimento da floresta, recursos alimentares resultantes da  actividade agrícolas os pivôs bantos impuseram se facilmente, empurrando os Khoisan para o Sul do continente.

        Os movimentos migratórios no interior do continente Africano são uma constante ao longo da sua evolução histórica. Só no século XIX com a dominação colonial é o estabelecimento arbitrário de fronteiras, essas deslocações tiveram fim.

        Os estudos arqueológicos  não estão ainda suficientemente desenvolvido para que se possa indicar quando se fixaram em Angola as primeira populações bantos. As tradições orais referem-se muitas vezes a migrações, mas só o seu estudo comparativo e exaustivo pode levar ao estabelecimento de uma cronologia.

        A data da fundação do reino do Congo já os Mbundo, povo banto conhecedores da metalurgia do ferro, se tinham fixando no norte do território actualmente angolano.

1.2-GRUPOS ETNOLINGUÍSTICOS

        As populações de origem bantu  formaram em Angola nove etnias ou povos que são: Bacongo, Nganguela, Nyaneka-Herero, Luanda-Kioko (Côkwe), Hambo, Ambundo, Umbundo e Xindonga.

        Cada um destes povos possui a sua própria língua. É por esse motivo que são chamados grupos etnolinguísticos. Todos eles já possuíam técnicas de trabalho com o ferro e praticavam a agricultura.

 

1.3- A CHEGADA DOS POVOS BANTU A ANGOLA

        A partir  dos anos de mil e duzentos (1200), o grupo Bacongo atravessou o rio Zaire ou rio Congo e instalou-se na margem equerda deste rio caminhando para Sul, este povo foi se fixando em áreas já ocupadas pelos ambundo.

E nos anos de mil e trezentos (1300), o grupo Ngangs ela veio de oeste e atravessou o alto Zambeze até ao Cunene.

        A partir dos anos de mil e quatrucentos )1400), ou no inicio dos anos de 1500, os Vanyanekas, oubNyanekas, povos pastores, entraram pelo Sul de Angola, atravessaram o Cunene e instalaram-se no planalto da Huíla. Nesses anos entraram também os Hereros.

        Entre 1500 à 1600 anos começaram a chegar á região de Luanda povos caçadores os Cêcwe ( ou Tchokwe) vindos do planalto de Luba.

        Nos anos de 1700 à 1800 entraram no território angolano os Ovambos, ou ambos. Este povo deixou o seu território no baixo Kwango e veio instalar-se entre o rio alto Cubango e o rio Cunene. Os ovambos eram grandes mestres no trabalho de ferro.

No memo período, os Côcwe (ou Tchokwe) continuaram a abandar o Katanga, atravessando o rio Kassai e instalando-se na Lunda, no nordeste angolano. Porém os lundas vieram cobrar impostos a este, povo recem chegados, e os côkwe voltaram a emigrar, principalmente para Sul.

 

1.4-AS MIGRAÇÕES AFRICANAS

        As condições de fixação nos vales dos grandes rios de influência tão decisiva no próximo oriente, na Índia na China, parecem não ter, existido na África continental. E mais ainda: o território era tão vasto que se não fazia sentir a necessidade de armazenar alimentos além dos imediatamente indispensáveis. Aí, os povos lhes escasseava a caça limitavam-se a mudar para outro lugar mesmo mais tarde, sempre que a agricultura e as técnicas da idade dos metais davam origem a uma densidade populacional maior que uma dada área de ocupação podia suportar a mesma coisa acontecia outra vez da tribo original separava-se uma sub-tribo que, como um exame, partia em busca de novas terras.

        Muitas vezes encontrariam terras virgens; algumas vezes iriam colidar com grupos de emigrantes anteriores ou com tribos nómadas e o processo de mudança começavam mais uma vez, ate que reflexos destas novas migrações se expandiram lentamente através  da floresta e das planícies. É claro que este quadro geral tem grandes e evidentes excepções. Porém, é um quadro convém reter porque ajuda a explicar, tanto os meios como as motivações, que presidiram ao povoamento da África histórica. Assim o quadro ao sul do deserto é de movimento inquieto e sempre acelerando através de um continente onde não havia grandes cadeias montam bases ou desertos intransponíveis que viessem impor uma paragem forçada mesmo as densas florestas, criam como que uma parede a volta bacia sem nome em épocas imemoriais.

 

5- CONCLUSÃO

 

        As migrações sendo grandes deslocações realizadas por povos de uma região a outra, isto é a procura de melhores condições de vida. São deslocações provocadas por desertificação de regiões, lutas internas, fome, e a procura de melhores condições de .substâncias.

        Falando da migrações dos povos banto começaram a migrar para  o actual território de Angola antes do ano de 1200, e terminaram no período entre 1800 e 1900. Os povos bantos, bantos, que hoje habitam Angola vieram de uma das regiões de África chamado NOK. Durante o percurso seguiram duas vias: Uns entraram pela parte norte de Angola e outros pela parte leste de África em direcção aos grandes lagos. O grupo que entrou pelo leste de África dividiu-se novamente em duas partes: Uns entraram pelo leste e outros pelo sul de Angola.

 

BIBILIOGRAFIA

        - Livro de história universal

        - Ensino de base 7ª classe / vigente

        - Manual de história da 5ª classe/ reforma

        - Ensino de base 8ª classe/ vigente

 

 

 

 

 

  

 

 


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